Como pequenas empresas podem trabalhar juntas – e lucrar mais
Empreendedores têm muito a ganhar ao compartilhar investimentos e dividir potenciais riscos. Confira algumas possibilidades de associação
As parcerias são um recurso importante para o sucesso das empresas. Essas associações podem ser feitas com grandes corporações e até com o governo. Além disso, é possível que negócios de pequeno porte – até mesmo concorrentes – cooperem entre si. Associando-se, é possível lucrar mais e dividir potenciais riscos. Confira algumas possibilidades de associação.
Fazer ações conjuntas
É cada vez mais comum que pequenas empresas, concorrentes ou não, unam esforços para a redução de custos. Há diversos exemplos de como isso pode ser feito. As empresas podem se juntar para contratar uma agência de marketing digital e baratear custos de manutenção de redes sociais, por exemplo.
Padarias se unem para comprar sacolinhas junto ao fornecedor e diminuir custos com distribuição. “Há também casos de concorrentes que se unem para ratear custos de treinamentos de funcionários junto aos fornecedores”, diz Ariadne Mecate, consultora do Sebrae-SP.
Considere um co-branding
Nos últimos anos, uma prática bastante utilizada por grandes empresas começou a ganhar espaço em negócios de menor porte, sobretudo as médias empresas com marcas já estabelecidas.
Trata-se do co-branding, um conceito de marketing que prevê a união entre duas marcas (uma fabricante de sorvetes e uma de biscoitos, por exemplo) para o desenvolvimento de uma ação conjunta ou para promover um produto desenvolvido em parceria. “É recomendável que sejam duas marcas estabelecidas em suas áreas, para não confundir o consumidor”, diz diz David Kallás, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper.
Já ouviu falar do brandscaping?
O brandscaping nada mais é do que a parceria entre duas empresas de ramos distintos que, juntas, podem oferecer serviços complementares. Um exemplo clássico é o de store in store, ou loja dentro de loja, em que cafeterias passam a conviver com livrarias, por exemplo.
Mas há exemplos mais sofisticados. “Há casos de empresa de softwares de gestão que fazem parcerias com contadores. Para esses profissionais, é interessante que seus clientes tenham um software desse tipo, porque facilita o seu trabalho”, diz Ariadne.
Fonte: Revista PEGN, por Felipe Datt
Esta é uma matéria da Revista PEGN que traz conceitos de parceria que há tempos vemos funcionar no mercado mas que ainda são pouco utilizados. A mídia cooperada é um exemplo. A área de tecnologia já trabalha bastante este conceito com fabricantes, dividindo espaços de mídia entre duas marcas e assim, dividindo também custos e possibilitando ações mais robustas, já que são rateadas. Porém, ainda vemos poucas empresas de comércio e serviços, principalmente entre os pequenos e médios empresários, se utilizando dessa estratégia de comunicação. É claro que a definição dessas parcerias deve ser cautelosa e alinhada aos valores da sua empresa, mas feita essa avaliação, pode ser uma grande sacada.
Está aí uma oportunidade de ter sua marca presente no mercado, amplificada e viável financeiramente, pois as opções são muitas. Analise as possibilidades, e bons negócios!
Juliana Silveira é co-founder da Dtail Gestão de Conteúdo e criadora do blog New Families, onde escreve semanalmente com um olhar de sensibilidade única sobre o recomeço da família após o divórcio. É também autora do livro Divórcio: A Construção da Felicidade no Depois.