Pesquisa decifra: o que as mulheres querem da publicidade?

Pesquisa decifra: o que as mulheres querem da publicidade?

Não é massa isso? Olhar especificamente para uma comunicação que em tanto ainda projeta as mulheres de forma tradicional e saber que já não soa bem? Que não às considera legitimamente? Não é incrível imaginar que propagandas de cerveja coloquem a mulher no lugar de consumidora, ao invés de objetificada na sua capacidade de ser visualmente sensual, ou sexual? Pois bem. Fui dar uma lida por aí e achei essa pesquisa incrível, que fala da forma como gostaríamos de ser abordadas na publicidade, na condição de consumidoras autônomas. E às leitoras: considerem, por favor, que nem todas nós desejamos a mesma coisa! Mas enfim, olhar para o gênero, já é um caminho. Não?


Espero que gostem 🙂


O estudo mostra que elas querem marcas que “genuinamente entendam o que as faz funcionar e as coisas que são realmente importantes para o seu empoderamento”.

As mulheres demonstram ainda anseio por “retratos na mídia que construam a autoestima para muitos, sem diminuí-las para os outros, e mais verossimilhança por parte das empresas”. “A mídia e as marcas têm uma responsabilidade enorme em acertar a forma de falar com as mulheres e mudar a cultura. algumas barreiras históricas, principalmente no nosso contexto de dominância masculina na estrutura familiar, são difíceis de serem derrubadas, e isso não vai acontecer de uma hora para a outra. O objetivo não é resolver as questões sociais. Mas é necessário aceitar que essa é uma questão séria: ensinar o público e abrir uma discussão sobre esses temas”, orienta Valkiria Garré, CEO da Kantar.


Os resultados da pesquisa serviram de fonte para que a Kantar propusesse insights para ajudar as marcas a entender melhor o público feminino e criar com ele uma comunicação mais “empática, direcionada e valiosa”. São eles:


– Nós não podemos ser o que não podemos ver. A empresa reforça a importância de fomentar modelos de inspiração para as futuras gerações de mulheres “empoderadas”.


– Não subestimar a importância das redes sociais e dos espaços exclusivos para mulheres. São bem aceitos os conteúdos que promovem as colaborações e ideias que acontecem quando as mulheres trabalham juntas.


– Mulheres que foram perdidas, esquecidas ou intencionalmente excluídas da história estão sendo recentemente descobertas e celebradas. Esta seria uma maneira de estabelecer conexão entre o público e as mulheres reais que poderiam fornecer inspiração.


– Dar espaço às mulheres que se recusam a se conformar às expectativas da sociedade sobre como devem se comportar. Iniciativas desse tipo encorajam e celebram a diversidade feminina e vão além de representações estreitas.


– Explorar a ascensão das mulheres como catalisadoras de mudança e revolução, utilizando sua plataforma para amplificar as vozes das “changemakers”.


– Capacitar mulheres para que elas assumam o controle do que importa a elas, ignorando convenções das categorias. É necessário, no entanto, cautela com a diversidade superficial e esforço para entender as experiências dos diferentes públicos enquanto se constrói produtos e campanhas que falam sobre suas preocupações e necessidades.


No DNA

“Em todo o trabalho de marca que fazemos, sempre falamos com as empresas sobre como isso tem que estar em seus DNAs. Antes de ir para a mídia, há um trabalho enorme a ser feito internamente em relação à representatividade, inclusive formando equipes diversas. Para qualquer bandeira que se levanta haverá alguém contra, a sociedade é assim. Mas quanto isso é tratado com maturidade pelas diversas áreas de uma empresa, há propriedade e autenticidade para que seja defendido”, comenta Valkiria.


Gosto disso. É uma forma de olhar mais fundo, sem feminismo. Apenas com consideração.


Gostou? Como diria a minha filha mais velha, dá um like aí! O movimento merece, e as consumidoras também. 🙂


Fonte Inspiradora: Propmark


Juliana Silveira é co-founder da Dtail Gestão de Conteúdo e criadora do blog New Families, onde escreve semanalmente com um olhar de sensibilidade única sobre o recomeço da família após o divórcio. É também autora do livro Divórcio: A Construção da Felicidade no Depois.

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